quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ricardo Gomes, ou o técnico do sufoco

Quando o Muricy Ramalho foi embora e o Ricardo Gomes foi anunciado como técnico do São Paulo a primeiro coisa que eu fiz foi perguntar: "Aquele da seleção pré-olímpica?". A resposta não demorou muito, pois é, era exatamente esse. A minha pergunta (com tom de revolta) tinha um único fundamento, eu tinha assistido os jogos da seleção, uma seleção que não se classificou para as Olimpíadas (você consegue imaginar uma seleção brasileira que não se classifique para qualquer coisa, pode ir para um torneio e não ganhar, mas não se classificar para um torneio que conta, se eu não me engano, com 16 seleções...). Pois bem, quem viu os jogos viu uma seleção que dependia única e exclusivamento do Pato (que nem é tudo isso).
Praticamente um ano depois, o tempo só reiterou o que estava na cara desde o princípio: esse cara não sabe o que está fazendo em campo, definitivamente não é técnico para nenhum time grande, talvez nem para times medianos.
Recapitulemos: o grande jogo do time ano passado foi a vitória contra o Náutico, quando o time perdia e tinha um (ou dois, não me lembro) jogadores a mais e conseguiu um bom resultado. Note-se, foi uma vitória da força de vontade e da garra das jogadores, não houve uma disposição tática do time ou variações de jogadas ou qualquer coisa do tipo que abonasse o trabalho do treinador.
O grande jogo do time neste ano foi o primeiro jogo contra o Cruzeiro nas quartas-de-final da Libertadores, aí sim, nota-se um sistema defensivo bastante compacto (o que também se observou hoje), mas foi um time numa noite muito feliz, praticamente todos os contra-ataques deram certo.
O jogo de hoje contra o Internacional foi muito parecido, mas, ao contrário do jogo com o Cruzeiro, o time n ão conseguiu ameaçar o adversário. No intervalo ele deveria ter percebido que era um jogo diferente daquele e não era difícil de perceber os motivos. Olhem para os piores jogadores são-paulinos em campo: Marlos, Hernanes, Fernandão e Dagoberto. Era o meio e o ataque que não funcionavam e era óbvio o porque. O Cruzeiro é um time que joga e deixa jogar, o Inter, não. Os jogadores de defesa do Internacional são muitos mais fortes do que os do Cruzeiro e se impuseram fisicamente aos jogadores do tricolor. Eles não deixaram espaço para a velocidade de Marlos e Dagoberto e o Ricardo Gomes fingiu que não era com ele. A defesa continuava bem postada e isso parecia suficiente. Muito bem, então. O São Paulo não teve a posse de bola no primeiro tempo (nem no segundo), mas isso não era desastroso, o time precisava ficar um pouco mais com a bola e assustar o adversário para que ele não se empolgasse, mas para um primeiro tempo estava de bom tamanho. Ele conversa com os jogadores no intervalo (imagino eu) e eles afirmam que vão se empenhar mais, tentar algo diferente. Ok, você dá mais uma chance a eles porque confia, 15 minutos, no entanto, era o momento de dar ao São Paulo uma maior posse de bola além de mais força física no ataque. O que ele podia ter feito, podia, sim, colocar o Ricardo Oliveira (preferiria que fosse no lugar do Marlos, que não sabe marcar mesmo) e recuar o Fernandão, ele ia brigar com os zagueiros, mas não pela bola alta, pelo bola que fosse tocada por Hernanes, Rodrigo Solto ou Richarlyson, e ele tinha chances de ganhar, ao contrário do Dagoberto. Podia ter tirado, então, o Dagoberto (caso tivesse tirado o Marlos antes) para colocar o Marcelinho Paraíba, mais experiente e mais forte. Mas ele esperou tomar o gol e, então, fez as alterações do desespero. Se ele acreditava que a formação inicial era o melhor modo de enfrentar o Inter em sua casa, porque, ao tomar o primeiro gol, ele mudou o jeito do time de jogar? Por que então ele passou a expor o time, sim, expor o time, porque só depois do gol o Inter teve chances reais de gol?
Esse cara não sabe ler jogo, não sabe mexer no time. Pra que que alguém precisa de um técnico assim?
FORA RICARDO GOMES!
P.S.: agora é desesperador que, quando precisa de um armador que venha do banco um técnico (qualquer técnico) prefira Cléber Santana a Jorge Wagner. O Jorge é, com certeza, um dos melhores jogadores do time, se entende que em determinado esquema tático ele não tenha lugar, mas deveria ser o 12º jogador do time. Um cara que prefere esse Cléber Santana (até aqui um zero à esquerda no tricolor ao Jorge Wagner só pode estar de brincadeira!
P.S.2.: Não acho que com esse técnico horrível o São Paulo vá se classificar, mas estarei na quinta que vem torcendo para o Tricolor (e para a saída de Ricardo Gomes, um técnico que é, sendo condescendente, medíocre).

Um comentário:

  1. É isso aí mesmo, Blaublau disse, Burrão, é um burrão esse aí, Fer!!!
    Põe o Ronaldo!!!
    Ops, Ronaldo não é de vocês... São Paulo burrão! Nem tem Ronaldo...

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